OS PERIGOS DO FORMOL
FORMOL
O risco do formol em sua aplicação indevida é tanto maior quanto maiores a concentração e a frequência do uso, e ocorre pela inalação dos gases e pelo contato com a pele, sendo perigoso para profissionais que aplicam o produto e também para usuários.
A inalação desse composto pode causar irritação nos olhos, nariz, mucosas e trato respiratório superior. Em altas concentrações, pode causar bronquite, pneumonia ou laringite.
Os sintomas mais frequentes no caso de inalação são fortes dores de cabeça, tosse, falta de ar, vertigem, dificuldade para respirar e edema pulmonar. O contato com o vapor ou com a solução pode deixar a pele esbranquiçada, áspera e causar forte sensação de anestesia e necrose na pele superficial.
Longos períodos de exposição podem causar dermatite e hipersensibilidade, rachaduras na pele (ressecamento) e ulcerações principalmente entre os dedos; podem ainda causar conjuntivite.
O vapor de formaldeído irrita todas as partes do sistema respiratório superior e também afeta os olhos. A maioria dos indivíduos pode detectar o formol em concentrações tão baixas como 0,5 ppm e, à medida que for aumentando a concentração até o atual limite de Exposição Máxima, a irritação é mais pronunciada.
A carcinogenicidade - avaliação do potencial cancerígeno - do formol foi investigada por quatro instituições internacionais de pesquisa e o produto foi classificado em 1995 pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) como carcinogênico para humanos (Grupo 1, julho 2004), tumorigênico e teratogênico, por produzir efeitos na reprodução para humanos. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) e a Associação de Saúde e Segurança Ocupacional (OSHA), dos Estados Unidos, consideram que o agente é suspeito de causar câncer para humanos. O Programa Nacional de Toxicologia dos EUA (Fourth Annual Report on Carcinogens) de 1984 considerou que o formaldeído é um agente cancerígeno nas seguintes doses para ratos: via oral, 1.170 mg/kg; via dérmica, 350 mg/kg; e via inalatória, 15 ppm/6 horas.8
Os alisantes são produtos registrados como cosméticos de grau de risco 2 junto à ANVISA, ou seja, necessitam de registro para comercialização. Entretanto, uma prática clandestina e atualmente considerada proibida é a adição de formol ou mesmo glutaraldeído a esses produtos, visando ampliar a capacidade alisante.